Souhair Zaki nasceu em 1944, em Mansoura, Egito, onde viveu com sua família.
Sua paixão pela dança surgiu desde criança, embora não tenha tido influencia da família, e muito menos a aprovação de seu pai.
"Eu costumava ir direto da escola para o cinema, para assistir Tahia Carioca e Sâmia Gamal na grande tela. Eu até mesmo cortei meu cabelo e arrumei para ficar parecida com Fairuz", diz Souhair, referindo-se a uma estrela mirim do cinema egípcio.
Aprendeu a dançar sozinha e começou a se apresentar em casamentos e festas familiares desde criança.
Aos 9 anos (em 1953) se mudou para a Alexandria juntamente com sua família.
Ela foi a primeira bailarina a dançar músicas de Om Khalthoum, uma das maiores cantoras da história da música árabe.
Também dançou para muitas autoridades como o ministro de defesa da Rússia e o presidente Nixon dos EUA. E participou de alguns filmes.
O estilo de dança de Souhair era natural e simples, o oposto de algumas bailarinas, como a Nagwa Fouad.
Como nos diz Raqia Hassan: "Souhair Zaki resume a dança natural. Seu apelo está em sua simplicidade: ela traduziu a música de forma precisa e natural, sem excessos ou exibicionismo. Seus passos têm resistido aos anos, e são ensinados até hoje. Ela sempre foi autêntica apresentando-se e fingir nunca fez parte do seu estilo. Do mesmo jeito que a vê hoje, ao vivo, calma, tranqüila para conversar e educada, ela sempre foi assim em cena".
Souhair tornou-se uma das bailarinas mais famosas dos anos 60 e 70 no Egito, tanto no cinema como no palco.
Fez parte da chamada Idade de Ouro da Dança do Ventre, tornando-se uma lenda da Dança Oriental, assim como Tahia Carioca e Samia Gamal.
Apesar de não mais se apresentar, Souhair ainda é muito querida pelos egípcios, pois ainda exerce seu carisma e simpatia.
Souhair se recorda da época em que dançava: "Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança".
Estudo tirado do site Central Dança do Ventre.
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